sábado, 11 de fevereiro de 2017

Parte 6 - Lembranças do pop-rock de São Luís do final de 2000 aos dias atuais



Por Paulo Pellegrini – jornalista e músico

A década de 2000 começa sob o impacto da popularidade da Catarina Mina, que arrastava grande público por onde passava, em especial nas apresentações no segundo piso do Monumental Shopping (Renascença).

O EP “As aspas serão explicadas adiante” tinha três faixas autorais e uma releitura de “Heaven knows I’m miserable now”, dos Smiths, e até hoje é cultuado pela crítica como um dos discos mais influentes do pop-rock maranhense.

Djalma Lúcio (ex-Catarina Mina) - lançamento do EP “Conforme prometi no réveillon” - O Estado MA

Há um hiato de oito anos entre esse lançamento e “Conforme prometi no Reveillon” (2010), primeira aparição fonográfica solo de Djalma Lúcio, o líder da Catarina Mina que passou mais tempo recluso e dedicado a outras atividades do que seus fãs gostariam.

Em 2000, uma banda de vida efêmera registrou duas faixas autorais que tiveram relativo sucesso nas rádios, a banda Frechal, cujo vocalista era Kosta Netto.

Uma banda importante, egressa dos anos 90, que também estrearia em disco na década seguinte foi a Cruz de Metal. O grupo era capitaneado por Léo Ribeiro, que depois assinaria como Léo Mart Brodello, e Nena Natal. Com agenda sempre lotada de apresentações em bares, a banda gravou no Estúdio Metanóia, no Edifício Caiçara, dois discos: “Humanidade” (2002) e “Cruz de Metal” (2004), com destaque para a canção “Hipnose”.


Cruz de Metal, com Márcio Glam (g)


Seguindo uma vertente mais próxima da MPB, registram-se aqui os três lançamentos da Mandorová (2002, 2003 e 2007) e o trabalho “Pirata”, do trio Hamilton Oliveira, Ana Areias e Assis Medeiros (2004).

A primeira metade da década de 2000 viveu também um boom de lançamentos na área do hip-hop. Dois grupos se destacaram: o Clãnordestino (Preto Nando, Lamartine, DJ Juarez e Preto Ghoez, este infelizmente já falecido) e a T.A. Calibre 1 (Costelo, Playmobil, Ramúsyo, Cristian, entre outros). Nos anos seguintes, surgiram diversos grupos, como Arquivo X, Arsenal MC’s, Gíria Vermelha e Plano Somma, só para citar alguns.

Navalhas Negras\Clãnordestino - DJ Juarez, Nando, Liliam, Lamartine

A popularização do Nu Metal, do Rap Metal e de bandas como Rage Against The Machine, System Of A Down, CPM-22, Detonautas e NX Zero gerou efeitos na formatação das bandas maranhenses de pop-rock entre 2003 e 2006. Em linhas gerais, o gênero ficou mais “pesado”, com guitarras distorcidas “na cara”, interpretações mais “gritadas” e “faladas com velocidade”, muita atitude no palco e o início do apreço do estilo em se compor em inglês.

Nesse contexto, surgiram bandas como C.H.A.O.S, Madame Caos, Effect, Amplit, Endo-Z (esta numa pegada mais Alice In Chains) e a Página 57, talvez a mais marcante desse período. A Página 57 foi um ícone do cenário local, com a espalhafatosa cabeleira de Ramirez Costa e seus sarongues e a pegada firme de Benone (baixo), Thiago “Cara de Bebê” (guitarra, que mais tarde formaria a Boys Bad News, usando seu nome de batismo Domingos Tiago) e Giorlan Moraes (bateria).

Página 57 (Giorlan, Ramirez, Benone e Thiago)

Vivíamos a novidade das redes sociais, em especial o Orkut e o Flogão, cujo perfil “Portal Underground” era sempre motivo de polêmicas, com postagens anônimas em que não havia limites para ofensas e ironias

Portal Underground: divulgação, anonimato e muita polêmica 

Não teve banda na época que não sofreu com as “navalhadas” dos comentários sobre os posts do Portal, mas que também não aproveitou para destilar seus próprios venenos...

A proliferação de bandas motivou o surgimento de espaços importantes para shows. Naqueles meados de 2005, cita-se aqui o Castelo do Rock, uma das inúmeras iniciativas do graduado em Comunicação Social Natanael Júnior em fomentar o rock local, que ficava na Praia Grande e abrigou dezenas de shows. 

Castelo do Rock, que funcionou por quase 10 anos, na Praia Grande

O mesmo Natanael, cuja história no rock inclui a prática como guitarrista da Ânsia de Vômito em tempos anteriores, abriu o PUB, primeiro próximo ao posto Texaco da Beira-Mar, depois no Centro Histórico.

Natanael Júnior é uma figura controversa do rock local, protagonista de algumas experiências conturbadas na área de produção (os shows do Sepultura e do Nação Zumbi que não aconteceram, sem contar o malfadado Metal Open Air), mas sem dúvida é um dos maiores promotores do cenário, sempre disposto a criar oportunidades para que o rock aconteça e as bandas locais floresçam. E cabe citar que o histórico show dos Scorpions no Aterro do Bacanga, em setembro de 2010, teve sua assinatura na produção.

Outro local extremamente marcante, que foi aberto em 2005 e serviu de plataforma para o lançamento de diversas bandas, foi o Chez-Moi, primeiro na parte alta da Rua do Giz, depois na parte de baixo. O bar dirigido por Samuel Chanez, o Samuca, e sua mãe Áurea, foi o lugar em que surgiram diversas bandas, entre as quais a Mr. Simple e a Cartahoc. Contemporânea a essas, está também a The Mads.

Página 57, Mr. Simple, Cartahoc e The Mads tiveram como diferencial terem produzido seus próprios CDs, com faixas que tocaram e ainda tocam muito nas rádios, como “Jaburu”, “Fim da noite”, “Já era” e “Ainda bem você”. 

Mr. Simple (Otávio, Paulo e Vanessa)

A Mr. Simple, cujos líderes Paulo Pellegrini e Otávio Parga eram egressos da Daphne, ainda chamava a atenção pela presença de uma mulher na bateria, Vanessa Espindola, que havia sido recrutada da Lothus (outra banda importante da primeira metade dos anos 2000, com Eduardo Papada nos vocais).

The Mads

Já a The Mads era uma dissidência da ZH, que tinha Armando Eugênio, o Pandha, como vocalista. Seu nome era a junção das iniciais dos integrantes originais: Michael Mesquita, Armando, Davi e Samir Aranha, mas logo a banda recrutou novos integrantes (Marco Moraes e Octávio Ferro), e foi com essa formação final que lançou seu primeiro e único CD, em 2006.

Várias bandas podem ser lembradas nessa fase do pop-rock maranhense: Sunset Strip, Fita K7 (do guitarrista Edson Travassos), Sública (com Karina Maia, Felipe Hyily, Lucas Sobrinho e Cid Campelo, banda que depois mudaria de nome para LaDama), Venyce (da vocalista Vanessa Guimarães) e Samurai Kitty, que era formada somente por mulheres.

Uma banda que soava diferente e começava a se destacar era a Groove. Tinha como carro-chefe as canções do professor de idiomas Nivandro Costa Vale, mas também agradava por trazer para os bares um som atualizado para a época, de bandas como Arctic Monkeys e Franz Ferdinand. A banda logo mudou de nome para Radioteca e inovou ao não apostar no formato de CD, como suas contemporâneas faziam, e sim lançar como single uma música de cada vez.

Radioteca - Oliveira Neto (bt), Miguel Ahid (bx), Nivandro Vale (v) e Fernandinho (g)


Entre 2007 e 2008, cabe registrar os discos da Fazenda Catanha, de João Bluesdart, filho do guitarrista Chiquinho França; da Audistock; da Xnoz; e o DVD da Nimbus Paradisia, “Detached but aware”. A Nimbus tinha formação muito parecida com a da extinta General Purpose, com Eryn Cy (Cynthia Esteves) no lugar de Clayton nos vocais.

A Audistock tinha um trabalho consistente, executado por músicos profissionais, sob o comando de Audi Mesquita, cujo maior sucesso radiofônico foi a faixa “Diana”. Ela e o irmão Michael começaram ainda nos anos 90 tocando MPB em bares e em uma década passaram a ser personagens relevantes da música do Maranhão, participando de bandas e se lançando em projetos solo. Ao deixar a The Mads, banda da qual foi um dos fundadores, Michael lançou diversos trabalhos solo sob os nomes de Michaelboyzband e Michael e Os Invisíveis. Em uma dessas ocasiões, chegou a se apresentar na Rede TV, em São Paulo, no Festival Gasound.

Mais bandas que podemos citar, criadas e atuantes entre 2007 e 2010: Fidop, DK8 e Utrason.

Novos espaços, nova cena, novas fronteiras – Paralelamente ao movimento roqueiro, e muitas vezes se misturando a ele, destacava-se a Nego Ka’apor, de influência mangue beat e hip hop, cujo líder Beto Ehongue vinha de experiências em bandas marcantes de períodos passados, como Som do Mangue e Cabelo de Alma. A partir de 2004, além da Nego Ka’apor, Beto levou adiante projetos como Canelas Preta e Hip Hop Cangaceiro, e produziu trilhas e loops para outros projetos, como a Loopcínico.

Nego Ka'apor

Outra figura de destaque entre os artistas que fundem rock com estilos regionais é Madian Filho, que alcançou notoriedade com sua Madian e o Escarcéu, inclusive se apresentando no Grito Rock de Quito, Equador.

Madian e o Escarcéu (Miguel, Madian e Érico Monk)

Por aqui, a Praia Grande continuou sendo o principal reduto de shows, tanto para o público com menor poder aquisitivo (Bar do Porto, Ligeiro. Com, Teatro dos Bonecos), quanto para os mais endinheirados (Espaço Armazém). 

Evento produzido por Burg Gouveia (Cremador): investimento e diversidade musical em um só evento

Mas em 2008, uma iniciativa de Burg Mussury, guitarrista da Cremador e empresário do ramo de discos e soulvenirs de rock, ativou a Concha Acústica da Lagoa da Jansen para uma sequência de quatro festivais. As edições do Lagoa Metal Festival aconteceram em junho, julho, setembro e novembro de 2008, com a particularidade de reunir bandas de vários estilos, das mais leves às mais pesadas. Entre as atrações, diversas das bandas já citadas e outras como Fire, Innegore, Hatedaska e Caveiras Buchudas.

Foi uma fase bem movimentada da cena roqueira maranhense. Vale ressaltar que tínhamos o Circo da Cidade em pleno funcionamento, e as bandas de rock eram seu principal locatário.

Também nesse período, Nyelson Weber (da Tanatron), e Marcony Almeida (do Pharmarock, ao lado do Ceuma - Renascença), promoveram diversos shows, e Jorge Mondego, o Bavu, começou a despontar como produtor, preenchendo uma lacuna importante de que o rock maranhense ressentia, a da ausência de produtores de eventos.

Da mesma forma, outro produtor que precisa ser citado é Bruno Coelho, conhecido como Ted, mais um professor de idiomas no rock, destacado pelos inúmeros eventos que produziu, especialmente as edições do Rock Ballads, no Teatro João do Vale (Praia Grande).

Ted esteve à frente, junto com diversos integrantes de bandas, de um movimento ousado, o Balaiada, cujo objetivo era incluir o rock local no calendário oficial de eventos da cidade. Muitas reuniões aconteceram mas, infelizmente, a ideia não vingou.

Coube à The Mads, já com Gustavo Bruno nos vocais, a iniciativa de realizar tributos de bandas nacionais e internacionais, primeiramente no Espaço Armazém. Depois a ideia foi largamente adotada, a ponto de a casa de shows Amsterdam Music Pub, na Lagoa da Jansen, reservar as sextas e os sábados durante vários anos (a partir de 2013) apenas para Especiais, criando um mercado específico para esse segmento.

Liverpaul (cover de Beatles), Dizneylândia Dândi e diversas bandas dirigidas pelo guitarrista Márcio Glam eram presença garantida na casa, além de outras que eram montadas conforme os tributos iam sendo pensados. Outra casa da Lagoa da Jansen que, por um certo tempo, recebeu diversos shows, mas não de tributos, foi a Public House. E, claro, o lendário Veneto, no começo da avenida, que aos poucos foi deixando de ter bandas para ser uma casa de discotecagem de rock sempre lotada em seus arredores.

À medida em que o rock brasileiro foi se “emepebezando”, com a febre Los Hermanos e todos os seus seguidores, o perfil das bandas que iam surgindo em São Luís, a partir de 2009, foi mudando. O rock mais voltado ao Punk e ao Nu Metal cedeu espaço para bandas de estilo blasé, garotos barbudos e camisas xadrez, ao mesmo tempo em que diversas outras influências podiam ser sentidas.

Nesse cenário, despontam Pedra Polida (de Pedro Venâncio, Eduardo Monteiro e André Grolli), Diamante Gold (de Emilio Sagaz), Garibaldo e o Resto do Mundo (de Paulo Henrique Moraes), Dicore e a Nova Bossa, que se tornou ícone do período, pela presença de Phill Veras como vocalista principal.

A Nova Bossa esteve em atividade por apenas alguns meses, o suficiente para revelar o talento de Phill e dos demais integrantes (Marcos Lamy, Hermes e André Grolli, todos com projetos solo ou com outras bandas a partir de então).

Nova Bossa

Em pouco tempo, configurou-se um movimento em que diversos músicos tocavam em várias bandas ao mesmo tempo, e nasceu um cenário efervescente que logo foi batizado de “nova cena”. Representam esse momento: Stalingrado (que revelou o competente guitarrista Ruan Cruz, criador de outros projetos como a Orr e a Ária 53), Pedeginja, Grillos Elétricos (praticamente a mesma Pedra Polida, só que com Grolli cantando) e Mandarla (de onde surgiu o compositor Tiago Máci).

Fazer som apenas autoral era a palavra de ordem, e o público respondeu positivamente. Para isso, foi decisiva a criação de estúdios afinados com a proposta das bandas, com destaque para o Casa Loca, de Adnon Soares, e o Base 17, de Felipe Hyily, que também tocava na Royal Dogs.

Os anos de 2012 e 2013 foram especialmente marcantes para os artistas da “nova cena” e foram muito celebrados por críticos importantes como Bruno Azevedo, Nivandro Vale (estes também músicos, como já citados), Reuben da Cunha e Celso Borges pela capacidade de aglutinar um público majoritariamente jovem na valorização da música local, feita por bandas igualmente jovens. 

Alê Muniz e Luciana Simões: idealizadores do Projeto BR-135

O projeto BR-135, criado em 2013 por Alê Muniz e Luciana Simões, contribuiu para impulsionar a “nova cena” desde a primeira edição, mas as próprias bandas também se organizaram e o principal fruto foram as três edições do Festival Limonada (em dezembro de 2013, e janeiro e outubro de 2014), que tinha como principal organizador o professor do Curso de Direito José Caldas Góis Júnior, pai da vocalista Jéssica Góis, da Pedeginja.

A popularidade de Phill Veras alçou voos. O compositor passou a viver em São Paulo, onde conquistou sucesso junto ao público alternativo, e uma avassaladora votação na Internet o colocou no Palco Sunset do Rock In Rio 2013, junto com sua banda formada então apenas por músicos maranhenses, como Memel Nogueira, Dney Justino, Marlon Silva e André Grolli, sem dúvida um momento histórico para a música do Maranhão.

Mas o rock mais visceral continuou trabalhando e várias bandas despontaram, algumas “adotadas” pela “nova cena”, com quem eventualmente dividiam os palcos, como Megazines (de Ronaldo Lisboa e Manel Maia), Vinil do Avesso (de Cyro Lupion), Velttenz (do mesmo Paulo Henrique Moraes, da Garibaldo), Gallo Azhuu (que era Pataugaza, de Patrick Abreu), Twelve Street e Boys Bad News (dos irmãos Domingos Tiago e Sandoval Filho, o Bimbo), e outras com caminhos diferentes, fazendo shows e desenvolvendo projetos à parte, como a Chaparral, que lançou o bom “Fim do Silêncio” em 2011, a Farol Vermelho, do talentoso guitarrista Rodrigo Smith, a Rádio-X (que se tornaria Altas Doses), a Marenostrum, a Baré de Casco (com seu estilo brega-rock, primeiro com Jhoie Araújo nos vocais, depois com Thierry Castelli) e a remanescente Mr. Simple, cuja canção “Hipnótica” foi parar na trilha sonora do filme “Muleque Té Doido”.

Um raro momento de encontro se deu no aniversário de 400 anos de São Luís, em 2012, quando bandas da “nova cena” e bandas “sem-cena” tocaram juntas em um festival aberto ao público no Beco dos Catraeiros (Praia Grande).

2013 testemunhou o renascimento artístico de Marcos Magah, o fundador da Amnésia, em 1987, que trocou o heavy metal por um pop-rock popular, de influências diversas. 

Marcos Magah

Nesta época, também houve uma febre de blues na cidade. Diversos grupos foram sendo montados ou reativados, com destaque para a Tequila Blues, a Blues de Quinta (de Daniel Lobo), a MPBlues (de Lusmar Cardoso e Rodrigo Castelo Branco) e a Saint Louis Rock & Blues Band, voltando a movimentar o estilo que teve seus momentos áureos cerca de dez anos antes, com os projetos de Fernando Japona e Dário Ribeiro. O fotógrafo Taciano Brito chegou a organizar alguns pequenos festivais, antes de o cantor e compositor Tutuca tomar para si a responsabilidade de fazer shows maiores, inclusive com atrações internacionais, em Barreirinhas e São José de Ribamar.

Apostando numa pegada vintage, com elementos do heavy metal e do hardcore, destacam-se a Red Beer Club (de Victor Bossal) e a Púrpura Ink (de Márcio Glam e Eraldo Júnior). Nesse segmento, porém, a Fúria Louca (do vocalista Henrique) diferencia-se pelo ainda maior profissionalismo no visual e esmero na qualidade técnica das gravações e execuções ao vivo, situação semelhante à da Jack Devil (banda de thrash metal do ex-Marthiria André Nadler), cujo investimento e trabalho a levaram para shows pela América do Sul e datas agendadas para os Estados Unidos e Europa. Essas duas bandas tocam mais fora do Maranhão do que aqui e são exemplos de que, nos últimos tempos, a visibilidade das bandas locais está ultrapassando as fronteiras, finalmente.


A bola da vez nesse sentido é a Soulvenir, um projeto pop-eletrônico capitaneado pelo baterista Wilson Moreira e que tem nos vocais Adnon Soares, além de Domingos Tiago, Bimbo e Marlon Silva. A banda lançou “Galaxy Species” em 2014 e em 2016 foi escolhida para representar o Brasil no NOS Alive, um importante festival de música independente em Portugal, onde se apresentou no mês de julho e ainda ganhou um contrato com a Sony.

Soulvenir - Marlon (bx), Bimbo (bt), Thiago (g) e Adnon (v\g)

A ascensão da Soulvenir foi o único alento de 2016 para o pop-rock local. O ano mostrou uma arrefecida no cenário pop-rock, com poucos lançamentos e espaços para shows. As novidades mais recentes em termos de gravações foram Carta Magna, Telúricos e Púrpura Fogo, e cantores como Fábio Allex e Israel Costa.

O último grande festival de rock em São Luís foi organizado por Marcony Almeida, em maio de 2015: o 24 Horas de Rock, que ocupou dois dias da Praça Maria Aragão, parte deles sob chuva, com mais de 30 atrações.

14 comentários:

  1. Muito bom o texto. Parabéns pelo trabalho. Aproveito para complementar algumas informações sobre a Saint Louis Rock & Blues Band.

    Com a providencial ajuda de Ruan Cruz, a banda tirou da gaveta seu primeiro disco, gravado em 2003 no Bagasound. O disco era a gravação em pistas separadas de um ensaio da banda e Ruan conseguiu tratar o som e masterizar esse primeiro álbum. No embalo do trabalho, a banda se reuniu e gravou Precipícios, nosso segundo álbum. Tudo entre 2014 e 2015.
    O lançamento de Precipícios acabou sendo impedido pelo falecimento de Fabian Castellano, nosso vocalista, e a banda acabou se limitando a deixar os discos na Rádio Universidade.

    ResponderExcluir
  2. É cara muito massa o panorama da cidade sendo dissecado e pena que parece que todo o esforço que nós da Canyon temos empregado em nosso trabalho seja tão ignorado, é foda se apostar num trabalho autoral e nem ser citado em um artigo relacionado a cena de sua própria cidade,não é chororô é apenas uma observação.Mas continua com o trabalho, Play que tá lindo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não foi ignorado, headbanger!! Ainda não foi citado... ainda..

      Excluir
  3. Foi uma época que marcou toda a minha vida com o rock aqui em São Luís, eu iniciando começando a ir em shows tive a oportunidade de conhecer todo o talento das bandas locais com esses eventos maravilhosos que para mim marcaram.

    Meus parabéns pelo texto...

    ResponderExcluir
  4. Aqui é Paulo Pellegrini.

    A seguir, acréscimos e correções extraídas de posts dos amigos do Facebook:

    Marco Aurélio Moraes, da The Mads:
    "O nome Mads fui eu que criei! A banda era um trio em 2004. Eu, Pandha e Davi. Samir se juntou à banda e as iniciais formaram o nome. O M era meu! O texto tá massa! Michael entrou em 2005, logo depois Octavio. Em 2006, Miguel Mussalem também participou. Minha breve contribuição."

    Obrigado, Marco! Show de bola!

    ResponderExcluir
  5. Aproveito para acrescentar, em relação à The Mads, que Denis Noronha era o baixista na fase de tributos da banda.

    ResponderExcluir
  6. Outra lembrança necessária: Fred Mamede, personagem atuante com sua No Bones, com quem tive o prazer de dividir palco em Itapecuru-Mirim em 2007, e depois como promoter dos shows no Chez-Moi, onde abriu portas para muitas bandas se lançarem.

    ResponderExcluir
  7. Em relação aos projetos mais recentes, segue contribuição de Márcio Glam Vianna:
    "Tem também a Dymonika, do meu brother Giorlan Moraes. Eles lançaram debut no ano passado...".

    Registrado, Márcio!

    ResponderExcluir
  8. Reforçando a observação de Ramon Silva, da Canyon:
    " Da minha parte faltou a Canyon que está aí desde 2009 se arrastando pelo circuito da cidade, banda que coincidentemente faço parte rs. Sulfúrica Billi também."

    Registrado, Ramon!

    ResponderExcluir
  9. Patrick Abreu, aguardamos sua contribuição sobre o que você ressaltou a respeito da lista dos melhores do ano de 2015, da citação de uma das bandas em um site argentino e das apresentações fora do Maranhão de diversas bandas que você citou. Procurei o seu comentário no Facebook, mas não encontrei mais.

    ResponderExcluir
  10. Muito massa a pesquisa! Tenho uma pequena contribuição: o Beto Ehongue foi do Som do Mangue, mas não participou do Cabelo de Alma, que foi formado depois por ex-integrantes do Som do Mangue (Rogério e os irmãos Burg) juntamente com Jônio, Gutemberg, Hugo, Bruno (eu, rsrs) e Marla. Com a saída de Marla entrou a Mayara nos vocais. Depois nos seus últimos suspiros a banda ainda teve a participação do Ângelo na percussão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cabelo de Alma foi de +ou- 2001 a 2004. Em 2005 a Três Reis Magros começou suas atividades e foi até 2008. Ambas deixaram apenas registros de ensaios e apresentações. Seus repertórios eram totalmente autorais.

      Excluir